domingo, 30 de janeiro de 2011

O mais fino cristal

Me pegava rindo quando pensava na vida. Não na vida inteira, mas sim na parte que vinha me chamando atenção nos últimos tempos: a confiança, com quem você divide a sua vida.
Fica todo mundo tão desconcertado pensando se pode confiar em tal pessoa, se ela é confiável, o que ela ira fazer com as informações adquiridas... Mas ninguém para pra pensar: o que realmente eu tenho pra esconder?
Confiança é uma coisa pequena, frágil, mais delicada que cristal. Mas você não precisa confiar no mundo de corpo e alma, nem fazer disso alguma prova de aceitação. Aproveita pra aprender com as pessoas em quem você não tem nada, nem confiança ou desconfiança. Veja o quanto elas podem te fazer feliz e o quanto você pode fazer por elas. E no final, adquirindo confiança ou não... Do que você se esconde?

domingo, 23 de janeiro de 2011

Olá, meu nome é Jenny. Tenho 16 anos e estou a dois meses sem você.
Quer dizer, quase dois meses. Isso sem contar todas as vezes em que eu me peguei morrendo de raiva de você, ou quando eu me peguei falando com você pra te contar o quanto você era idiota por tudo o que estava fazendo, até mesmo quando eu disse essas coisas sem ser diretamente.
A minha atual quase abstinência me rendeu outros vicios, grandes. Como o de leituras românticas, leituras vorazes, nas quais eu me via imaginando como seria viver num mundo sem você, com outros melhores, exatamente como aqueles que eu achava no meio daquelas páginas que eu andei devorando. Também tem o vicio de outro alguém... Ao qual eu ainda tenho um tanto de medo de me render, já que é como se desfazer de um vicio, pra cair de cabeça em outro. No entanto, esse vicio anda ajudando, o suficiente.
Surgiram alguns pequenos vicios também: jogar jogos, mudar de estilo, fazer o que eu não devia... Mas nada de demais, nada preocupante.
O próximo passo? Bom, eu só preciso me decidir agora se só preciso me livrar do vicio, ou se preciso me livrar de você também. Sabe como é, decidir o que eu preciso. Pra ser feliz.

sábado, 22 de janeiro de 2011

About forget

Perdoar sempre foi uma coisa corriqueira na minha vida. Sem essa de perdoar sem esquecer, nem de esquecer sem perdoar. Eu era uma mistura. Perdoava, esquecia, mas me lembraria muito bem da sua ultima mancada quando errasse de novo, e então perdoaria.
Com o tempo, as coisas mudaram. Eu deixava as pessoas errarem, mas nem sempre as contava, apenas guardava, como uma pequena ocorrência. Que eu aprendi a guardar, até juntar um grande bolo delas.
Foi ai que você caiu. E claro, foi contra minhas próprias regras que eu te avisei de cada pequena ocorrência, mas não mudou nada. Aqui ainda esta você, depois da grande multa, esperando por perdão enquanto eu coloco mais algumas novas ocorrências no seu registro.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Cada pessoa tinha algo importante dentro de si. Alguns tinham a inteligência, outros a habilidade, alguns apenas a vontade. Ela tinha dentro de si segredos, e acreditava que isso era o que de mais importante lhe cabia. Não eram apenas segredos seus, foi assim que começou apenas.
Com o tempo, lidar com segredos se tornou tão fácil que ela os lia no rosto das pessoas. Era como se eles estivessem lá, o tempo todo, apenas escritos em letras miudinhas dando delicadas voltas pelas suas faces. Nos segredos mais difíceis, ela tinha a curiosidade. Algo de que ela particularmente não gostava, mas sempre lhe foi muito útil. Sabia bem como usa-la, assim como onde obter respostas, mais segredos. E ela os guardava, um por um, dentro da sua pequena caixinha.
Ela gostava disso, no fundo no fundo. Lidar com segredos nunca havia sido uma coisa fácil, há motivos, diversos, para as pessoas os guardarem. E ela os tinha ali, na palma da mão. Mas ela gostava de saber sempre no que estava se metendo, onde estava pisando. Era bom ver o jogo de cima, útil. E enquanto ela ia lendo as pessoas, as guardando, vendo o jogo de cima, ela procurava. Procurava pela pessoa, que iria guarda-la.

~Não sei porque hoje deu vontade de começar um outro blog. Quem sabe essa seja apenas uma promessa de um novo começo de mim, pra mim mesma. Tanto faz, o texto é um tanto quanto antigo, o blog um tanto quanto novo. Que o novo começo de certo.