sexta-feira, 21 de janeiro de 2011


Cada pessoa tinha algo importante dentro de si. Alguns tinham a inteligência, outros a habilidade, alguns apenas a vontade. Ela tinha dentro de si segredos, e acreditava que isso era o que de mais importante lhe cabia. Não eram apenas segredos seus, foi assim que começou apenas.
Com o tempo, lidar com segredos se tornou tão fácil que ela os lia no rosto das pessoas. Era como se eles estivessem lá, o tempo todo, apenas escritos em letras miudinhas dando delicadas voltas pelas suas faces. Nos segredos mais difíceis, ela tinha a curiosidade. Algo de que ela particularmente não gostava, mas sempre lhe foi muito útil. Sabia bem como usa-la, assim como onde obter respostas, mais segredos. E ela os guardava, um por um, dentro da sua pequena caixinha.
Ela gostava disso, no fundo no fundo. Lidar com segredos nunca havia sido uma coisa fácil, há motivos, diversos, para as pessoas os guardarem. E ela os tinha ali, na palma da mão. Mas ela gostava de saber sempre no que estava se metendo, onde estava pisando. Era bom ver o jogo de cima, útil. E enquanto ela ia lendo as pessoas, as guardando, vendo o jogo de cima, ela procurava. Procurava pela pessoa, que iria guarda-la.

~Não sei porque hoje deu vontade de começar um outro blog. Quem sabe essa seja apenas uma promessa de um novo começo de mim, pra mim mesma. Tanto faz, o texto é um tanto quanto antigo, o blog um tanto quanto novo. Que o novo começo de certo.

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