sábado, 14 de maio de 2011

Dark wishes

Alguns pensamentos não me deixavam em paz. São como pequenos pesadelos, que no silêncio da madrugada me roçam o rosto e me seguram os braços. Pesadelos, às vezes eles podiam ser tão sedutores. Era uma voz doce, calma. Sabia exatamente o que dizer, como me convencer. As imagens voltavam á minha cabeça, os sonhos eram novamente despedaçados. Não doía. Devia doer. Essa era a questão.

Meus pés eram guiados pra fora da cama, encostavam delicadamente no chão. O ar frio envolvia todos os pensamentos e diálogos em minha mente. Eu era a minha única companhia nesses momentos, e na maioria dos outros. Se alguém tinha de me convencer sobre o que é certo e perigoso, esse alguém era eu. Confiava, por mais doce e fria que a minha consciência soasse.

Paro em frente ao pequeno armário branco. Cansei de ver as pessoas tomando decisões, entre a vida e a morte. Tudo tão... Drástico! Tudo oito ou oitenta. A felicidade agora ou a infelicidade eterna. Eram tantos planos, tantos segredos, sonhos feitos apenas para não serem perseguidos. São coisas demais pra serem postas em minhas mãos. Abro a gaveta. Os talheres sempre foram algo um tanto patético pra mim. Pateticamente fortes. O meio termo. Ninguém o escolhia. E na minha visão, ele sempre foi a melhor das opções. O alguma coisa entre o nada e o tudo.

Impressionei-me com a delicadeza do deslize sobre meu braço, o escarlate ficava fascinante na falta de luz. O meio termo, eu gostava dele. E meu corpo implorava.

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